
Vítimas procuraram a Polícia Civil e o Ministério Público para denunciar Augusto César Barretto Filho. Novos inquéritos serão abertos a partir dos relatos.
Mais duas mulheres que alegam terem sido abusadas pelo médico cardiologista Augusto César Barretto Filho, em Presidente Prudente, procuraram a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE) nesta terça-feira (15). No total, 17 mulheres já prestaram depoimento à Polícia Civil.
O MPE apresentou à Justiça nesta segunda-feira (14) denúncia criminal contra o médico, de 74 anos, acusado de abusar sexualmente de mulheres pacientes em seu consultório, e pediu a decretação de sua prisão preventiva.
Em entrevista exclusiva ao G1 na tarde desta terça-feira (15), a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) responsável pelo caso, Adriana Pavarina, informou que uma das novas vítimas compareceu à Polícia Civil, enquanto a outra foi até a Promotoria de Justiça, onde recebeu orientação de prestar a queixa na delegacia especializada.
Conforme Adriana, a partir do relato de outras vítimas, a Polícia Civil irá instaurar novos inquéritos para apurar os fatos.
Veja abaixo a entrevista com a delegada Adriana Pavarina:
A investigação
“O inquérito foi instaurado de ofício, por portaria, a partir do registro do Boletim de Ocorrência feito por uma das vítimas, em meados de julho de 2018. Iniciado esse inquérito policial, como nós da DDM já tínhamos conhecimento de outros Boletins de Ocorrência registrados no passado e inquéritos que tramitaram aqui nesta Delegacia de Defesa da Mulher em que ele [médico] foi investigado, nós, diante da presença de indícios de autoria, instauramos o inquérito policial e, para averiguar a existência de outras vítimas, requisitamos da operadora de plano de saúde em que essa vítima teve a consulta atendida por esse médico a relação de pacientes e, a partir daí, buscando novas provas e novas vítimas de forma aleatória e exemplificativa, notificamos todas as pacientes ou algumas delas e, ao longo do inquérito, foram localizadas diversas outras vítimas que confirmaram a prática de atos libidinosos semelhantes descrevendo o mesmo modus operandi utilizado pelo médico”.
Fonte: Nordeste1