Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB), no campus Campus Campina Grande, identificou uma concentração elevada de cobre na água do Açude Velho. O estudo, que ainda está em andamento, tem como objetivo analisar a presença de metais pesados e avaliar os possíveis impactos socioambientais provocados por eles.
Até dezembro deste ano, foram realizadas duas coletas em pontos diferentes do açude e, até o final do projeto, estão previstas outras visitas. O relatório parcial do estudo indica que o cobre foi detectado com quantidade média superior em cinco vezes do que o permitido pela legislação, sendo o único dos metais analisados que entra em desacordo com o que é preconizado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a presença de pequenas quantidades de cobre em organismos vivos é essencial. Mas, pode representar problemas, se houver excesso. Se a água contendo altas concentrações do metal for ingerida, por exemplo, pode provocar náusea, vômito, dor abdominal e diarreia.
Em Campina Grande, o entorno do Açude Velho é usado pela população para a prática de atividades físicas, como corrida, caminhada e ciclismo. No entanto, há registros de situações em que pessoas se banharam na água ou retiraram peixes para consumo próprio – mesmo a atividade da pesca sendo proibida no local.
As coletas da água do manancial estão sendo feitas pelos estudantes Pedro Queiroz Dionizio e Pedro Lucas Nunes da Silveira, dos cursos técnico integrado de Química e de Tecnologia em Construção de Edifícios do IFPB em Campina Grande, respectivamente. Além do cobre, também foram identificados valores superiores de nitrito e nitrato.
Ao fim do projeto, em janeiro de 2022, a equipe pretende contribuir para o desenvolvimento de projetos para revitalização do açude.
Fonte: G1 PB
Fotos: Reprodução/TV Paraíba e Ascom IFPB/Divulgação