Desde de o retorno das atividades legislativas de forma híbrida, nessa terça-feira (05), que os deputados discutem a participação de forma presencial do deputado Cabo Gilberto (PSL), no Plenário da Assembleia Legislativa da Paraíba, porque ele não tomou as duas doses da vacina contra o coronavírus, violando as regras estabelecidas pela Casa através de uma resolução aprovada por ampla maioria.
Durante a sessão desta quarta-feira (06), os deputados passaram a manhã inteira tentando convencer o deputado Cabo Gilberto a se vacinar e como não conseguiram com que ele marcasse uma data para realizar a vacinação, foram levantadas duas questões ordens: uma do deputado Hervázio Bezerra (PSB) e outra do deputado Bosco Carneiro para resolver o impasse.
Os deputados aprovaram por 20 votos contra os votos do líder da oposição, Cabo Gilberto, e de Wallber Virgolino (Patriotas), pela suspensão da realização das atividades presenciais na Assembleia, ficando apenas os serviços da Creche e da Escola Legislativa.
Se abstiveram de votar os deputados Jutay Meneses ( Republicanos), Taciano Diniz (Avante), Camila Toscano (PSDB) e Tovar Correia Lima (PSDB).
O presidente da Casa, deputado Adriano Galdino, avisou que até a próxima semana estará se reunindo com todos os deputados para dar um posicionamento final da Mesa Diretora sobre a questão envolvendo o Cabo Gilberto.
“O que não pode é o Parlamento se curvar às vontades do deputado em detrimento da maioria vacinada, quando existe uma Lei que se sobrepõe a isso e que ele insiste em desobedecê-la”, destacou.
Por sua vez, o Cabo Gilberto disse que não vai ceder a nenhuma pressão para se vacinar e acata a decisão da maioria, já que o Plenário é soberano. Ele também prometeu se vacinar, mas ao seu tempo, até porque lidera um grupo de eleitores que também não se vacinaram.
“Eu lamento que as coisas tenham se resolvido desta forma. Nós lutamos tanto para o retorno das atividades presenciais e estou sendo impedido de exercer o meu mandato parlamentar. Eu já mostrei que não tenho nenhum sintoma da doença. Já fiz vários testes e deram negativo. Eu vou me vacinar quando achar necessário, mas eu estou me sentindo constrangido e discriminado pelos meus colegas”, contestou.
Fonte: Hacéldama Borba/Paraibaonline
Foto: Paraibaonline