O presidente Jair Bolsonaro justificou, nesta segunda-feira (11), o aumento nos gastos corporativos da Presidência da República porque “teve de enviar aviões à China para repatriação de brasileiros que estavam isolados em Wuhan”, em razão do surto da Covid-19.
“A imprensa criticando o cartão corporativo, mas são tão mau caráter que não fala que pagou parte dos três aviões da FAB que foi para China”, afirmou.
Segundo matéria do jornal Folha de S.Paulo, os gastos com cartão corporativo da Presidência da República foram maiores no governo Bolsonaro do que nos de Michel Temer (MDB) e de Dilma Roussef (PT). No entanto, o governo não detalha no Portal da Transparência a finalidade das despesas.
Na gestão Bolsonaro, os gastos vinculados ao Palácio do Planalto aceleraram a partir de outubro do ano passado. O pico foi de R$ 1,9 milhão em um único mês, em fevereiro de 2020.
Na gestão atual, gastou-se, em média, R$ 709,6 mil por mês, o que representa uma alta de 60% em relação ao governo do emedebista e de 3% em comparação com a administração da petista.
A fatura de Dilma, por mês, tinha uma média de R$ 686,5 mil, enquanto Temer gastava em média R$ 441,3 mil mensais. Os dados são do Portal da Transparência do governo federal, que reúne informações de 2013 a março de 2020.
Antes de assumir o governo, a equipe de Bolsonaro chegou a avaliar o fim dos cartões corporativos, que desencadearam um escândalo político com auxiliares do ex-presidente Lula. Os cartões corporativos, porém, ainda continuam funcionando.
Fonte: Yahoo Notícias