
Uma poderosa explosão seguida de incêndio numa padaria na região central de Paris deixou ao menos dois mortos e dezenas de feridos neste sábado (12/01), informou a polícia local.
As autoridades suspeitam que a explosão, ocorrida por volta das 9h (hora local), tenha sido causada por um vazamento de gás. Segundo as autoridades locais, dez pessoas estão gravemente feridas, e outras 37 apresentam ferimentos leves.
Bombeiros removeram feridos do local através de janelas e retiraram moradores de suas casas devido à fumaça que saía da padaria, localizada na Rue de Trévise, no 9º arrondissement, uma área residencial e comercial.
Testemunhas descreveram o forte barulho da explosão. “Parecia um terremoto”, disse um morador. Janelas estouraram, carros foram danificados, e prédios a centenas de metros de distância, abalados. Uma enorme coluna de fumaça foi vista de vários pontos da cidade.
“A onda de choque espalhou-se pelas quatro ruas adjacentes a cerca de 100 metros e estamos investigando todos os lugares para ver se há outras vítimas,” disse no local o comandante dos bombeiros de Paris, Eric Moulin.
“Ainda precisamos determinar as circunstâncias e as causas da explosão, mas neste momento podemos dizer que foi claramente um acidente, presumivelmente um vazamento de gás”, afirmou o procurador de Paris, Rémi Heitz.
A explosão ocorreu em meio a um forte esquema de segurança na capital francesa e em seus arredores por conta da nona rodada de protestos dos chamados “coletes amarelos”, anunciada para este sábado.
Os “coletes amarelos” têm protestado desde novembro contra o aumento nos preços dos combustíveis e contra reformas fiscais propostas pelo governo francês, que, segundo eles, atingiriam desproporcionalmente as classes trabalhadoras. Eles pedem também a renúncia de Macron e a reintrodução do imposto de solidariedade sobre a riqueza.
Após os distúrbios da semana passada, o Ministério do Interior francês optou por voltar a aumentar o dispositivo policial, com 80 mil agentes mobilizados em todo o país, 5 mil deles em Paris.
Fonte: dw.com