
Na busca pela segurança, cada um se protege como pode e, em se tratando de imóveis, o custo da ‘paz em casa’ pode ultrapassar R$ 500 mensais, na Paraíba. Cerca elétrica, alarmes, vigilância motorizada, além do videomonitoramento estão entre os serviços mais solicitados às empresas de segurança privada. Em João Pessoa, por exemplo, além dos condomínios, as casas localizadas na região da orla são as que mais demandaram os serviços este ano, segundo a empresa Planserv.
“São pessoas que já sofreram algum arrombamento ou roubo à residência ou então foram vítimas de tentativas desses crimes. No caso de João Pessoa, aumentou o número de solicitações para residências na região do Centro, em bairros como a Torre, e na parte da praia, como Tambaú, Cabo Branco e em Intermares (Cabedelo)”, explicou o gerente da Planserv, Mouhamad Almahmoud.
Segundo ele, o crescimento de demandas por serviços de segurança privada em residências cresceu em torno de 40% este ano, percentual maior do que o aumento da procura no país (20%), conforme dado da Associação Brasileira de Empresas de Vigilância (Abevis).
Nos bairros citados por Mouhamad difícil é encontrar uma residência sem pelo menos uma cerca elétrica. Já no caso dos condomínios, segundo ele, o item é praticamente indispensável quando as pessoas estão procurando imóveis para se mudar. “Nos condomínios, por mais simples que seja, é de praxe ter pelo menos a cerca elétrica. Entre os serviços mais solicitados está a cerca, o alarme e o videomonitoramento”, destacou.
Conforme Pesquisa Nacional sobre Segurança Eletrônica, encomendada este ano pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônios de Segurança (Abese), 69% dos prestadores de serviços das empresas de segurança do país atenderam projetos para residências. Entre as principais solicitações estão videomonitoramento e sistemas de alarme com e sem fio.
O designer Felipe da Silva mudou-se de uma casa para apartamento há seis meses e acredita que os equipamentos de segurança da nova residência trouxe mais tranquilidade. “Na casa em que eu morava não tinha cerca elétrica, nem câmera. Somente um vigilante que passava durante a madrugada fazendo ronda. Mesmo assim, fui assaltado várias vezes próximo de casa. Agora, com as câmeras, a cerca elétrica e o alarme a gente se sente mais seguro ao entrar em casa. Claro que o perigo continua na rua. Mas, pelo menos, em casa você não corre riscos”, disse o jovem.
O engenheiro José Ferreira também investiu em segurança privada na residência onde mora. No entanto, para ele, um dos custos dessa tranquilidade entre os muros da casa é o isolamento social.
“Hoje vivemos presos em nossas residências com muros de 4 metros, cerca elétrica, segurança privada, câmeras, cão de guarda. É muito triste ver que a minha filha não pode brincar na rua como eu e meus irmãos brincamos. A minha infância foi de andar de bicicleta, skate, patins, jogar bola com os amigos na rua. Hoje não sabemos se o vizinho é um bandido”, afirmou o engenheiro.
Preços dos serviços
R$ 150 – Pacote básico (cerca elétrica, monitoramento, patrulha e manutenção corretiva do equipamento)
R$ 400 a R$500 (ou mais) – Vigilância completa (cerca elétrica, monitoramento, patrulha e suporte imediato no caso de disparo de alarme, manutenção corretiva de equipamento, sistema de câmeras de vigilância)
Dicas de segurança
- Verificar se as portas, portões e janelas estão corretamente fechados;
- Ao adentrar ou sair de sua garagem, observe o fechamento do portão eletrônico;
- Se ao chegar em casa e notar alguma coisa estranha, como luz acesa, portas ou janelas abertas ou algum sinal suspeito não entre e comunique-se com a polícia o mais rápido possível;
- Ao sair de casa e seu retorno estiver previsto para a noite, deixe a casa devidamente iluminada;
- Ao sair ou retornar para casa de carro ou a pé, observe antes ao redor, vendo alguma anormalidade não entre, procure dar outra volta e chamar a polícia.
- Ao viajar, avise seu vizinho e de seu telefone para recados, caso não possa deixar uma pessoa conhecida como caseiro ou que possa ir até a residência durante sua ausência.
Fonte: Correio da Paraíba