
Presidente da Executiva nacional do PSB, Carlos Siqueira, vai entrar com ação na Justiça solicitando o mandato do governador da Paraíba, João Azevêdo, e devolução de R$ 3,3 milhões que foram gastos na campanha eleitoral para elegê-lo.
As declarações de Siqueira foram dadas durante uma entrevista à imprensa de João Pessoa, nesta quinta-feira (5), isto por conta da desfiliação do governador, que provocou um abalo no coletivo socialista ligado ao ex-gestor Ricardo Coutinho.
“A decisão é da Justiça, mas nós vamos pedir o mandato dele na Justiça e vamos entrar com uma ação cobrando o que o partido gastou na campanha dele. Essa cifra é de pelo menos R$ 3 milhões, se considerarmos a dívida que ele deixou depois da campanha”, disse.
Siqueira revelou ainda que nunca tinha visto uma situação como essa do PSB na Paraíba com a entrada de João Azevêdo. Segundo ele, em trinta anos de partido, é a primeira vez que vê um conflito entre pessoas e que quem criou o conflito se recusasse a conversar com a direção partidária.
“Criou-se um conflito que foi provocado por ele. Não fomos nós que dissolvemos o diretório paraibano. Quando Azevêdo fala em intervenção, ele falta com a verdade porque nunca houve isso na Paraíba. A dissolução foi espontânea. Não pedi para ninguém renunciar. Ele começa a carta com uma inverdade. Eu o convidei insistentemente para que pudéssemos conversar com Ricardo Coutinho. Nunca entendi que se pudesse resolver algum nível de conflito sem diálogo”, observou.
Para Siqueira, Azevêdo já estava decidido a sair do partido no momento em que criou toda a confusão. “Quero que a Paraíba saiba que ele foi quem vetou o nome de Ricardo Coutinho para ser presidente estadual da legenda. Observe que ingratidão, para dizer o mínimo, de alguém que foi escolhido, apoiado por Coutinho para ser o governador da Paraíba, sem cujo apoio ele jamais seria eleito, porque nunca teve um voto na vida”, destacou.
O presidente enfatizou ainda que Azevêdo começou muito mal o governo, pois já tinha visto traição na política, mas geralmente demora pelo menos um ano pra acontecer, mas pelas atitudes do governador, desde o início, ele começou a preparar a traição, que foi concretizada ao provocar uma crise com quem mais o ajudou ao chegar ao governo, que aliás foi fundamental na eleição da Paraíba.
“Ele devia ter pelos menos a dignidade de devolver o dinheiro que se gastou na campanha dele, porque dignidade ele não tem, e gratidão para ele, essa palavra não existe em seu dicionário”, desabafou.
Fonte: Paraibaonline