O taxista Valdemir Mota, de 49 anos, recebeu um pix de R$ 4 mil por engano, na noite da última quinta-feira (28), e devolveu o dinheiro à dona. Segundo a Polícia Civil do Ceará, a mulher de 58 anos utilizaria o dinheiro para comprar medicamentos e ajudar no tratamento de um câncer que lhe acometeu.
Valdemir contou ao g1 que recebeu a notificação da transferência em torno de 18h da quinta-feira (28), mas como não tinha nenhum contato da mulher, esperou que ela o procurasse. No outro dia pela manhã, ela ligou para o taxista que, prontamente, fez a transferência e registrou um boletim de ocorrência no 2º DP (Aldeota), em Fortaleza.
“Aí deu tudo certo, fui muito bem atendido na delegacia e tô muito feliz com tudo isso que aconteceu. A gente tem que fazer a coisa certa. É muito gratificante para mim e é muito bom para dar exemplo para as pessoas fazerem o certo”, disse Valdemir.
‘Virou minha cliente’, diz taxista
Segundo o taxista, a mulher, que trabalha fazendo bolos, ainda o recompensou dando um de seus produtos a ele. “Ela virou minha cliente e eu virei cliente dela agora”, garantiu o taxista.
A mulher, segundo a Polícia Civil, disse que está em tratamento contra um câncer. O dinheiro deveria ter sido transferido para pagar os custos dos medicamentos e procedimentos do tratamento.
“Essa senhora poderia ter perdido um dinheiro tão importante para a sua saúde, mas teve um final feliz. Ela nos agradeceu muito e ficamos muito felizes em saber que ela poderá dar continuidade ao seu tratamento”, afirmou o inspetor do 2º DP John Herbeth Aguiar.
Em nota, a Polícia Civil ressaltou que “apropriar-se alguém de coisa alheia, vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza, é crime previsto no artigo 169 do Código Penal, resultando em multa e detenção de um mês a um ano”.
Fonte: G1 CE
Enquanto isso em Belém, na Paraíba
Apesar deste exemplo de humildade e honestidade, em Belém-PB um caso chama a atenção pelo oposto da ação que ocorreu no Ceará.
O caso semelhante aconteceu a alguns meses e infelizmente até o momento não teve o desfecho que deveria ter.
Um acordo entre dois homens envolveu uma transferência bancária, mas, apesar de ter a garantia de que o dinheiro seria transferido para a primeira pessoa o caso acabou se transformando em uma dor de cabeça para a vítima.
Acontece que o homem que aplicou golpe e deveria ter efetuado a transferência acabou se transformando em um caso de pura desonestidade, falta de caráter e sinismo.
O clássico ditado: DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER. Na verdade esse ditado nem se aplica aqui, simplesmente pelo fato de que o golpista nem fala que vai pagar.
A vítima liga insistentemente para o homem perguntado sobre quando vai ser devolvido o seu dinheiro, mas infelizmente ele nem atende o celular.
Enquanto essa situação não tem um final feliz, é aguardar e torcer para que o “beneficiário” possa se redimir e se inspirar na história deste taxista.
Blog do João Moura