O presidente Jair Bolsonaro voltou a insinuar nesta quarta-feira (11), em um evento, que o sistema eleitoral brasileiro é “passível de fraudes”. Já na semana passada, ele defendeu o retorno da votação imprensa nas eleições de 2022.
“Não temos sistema sólido de votação no Brasil, que é passível de fraude sim, que tudo pode mudar no futuro com fraude. Eu entendo que só me elegi como presidente porque tive muito voto e não gastei nada não. Foram R$ 2 milhões arrecadados por vaquinha”, disse.
Bolsonaro chegou a afirmar, em março deste ano, que tinha provas de que teria vencido as eleições presidenciais no primeiro turno em 2018. Mas até agora não apresentou evidências que comprovem sua afirmação.
Nesta terça, ele fez um desabafo, mesmo sem dar detalhes, que, durante a pandemia do novo coronavírus, foi impedido de tomar certas decisões que como chefe de Estado eleito deveria ter feito.
“O que faltou para nós não foi um líder, faltou deixar o líder trabalhar, eu fui eleito para isso. Imagina se tivesse o (Fernando) Haddad no meu lugar. Ou tivesse o governador de São Paulo (João Doria) no meu lugar. Como é que estaria o Brasil? Que desgraça estaria esse País, semelhante aqui ao sul na Argentina onde fecharam tudo”, afirmou.
Em referência à situação econômica da Argentina, o presidente disse que cidadãos do país vizinho têm se refugiado no Uruguai e até no Rio Grande do Sul. “Será que o Rio Grande do Sul vai se transformar em uma Roraima? Da Venezuela para Roraima, da Argentina para o Brasil. Nós não queremos isso. Rivalidade com a Argentina apenas futebol, nada mais além disso”, declarou.
Para uma plateia de empreendedores, Bolsonaro também disse no discurso que é preciso buscar solução e ter “coragem” para a retomada. Neste contexto, afirmou que o “parlamento também tem culpa” e reforçou suas críticas à esquerda. “Eu sei como funciona parlamento, ali tem uma corrente forte de esquerda, corrente do atraso, corrente para dividir o que é dos outros e não o deles.”
Fonte: Paraiba.com.br