
A inflação no Brasil foi de 0,15% em dezembro, informou nesta sexta-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real e com isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechou o ano passado em 3,75%.
Ela ficou abaixo do centro da meta definida pelo governo, que era de 4,5% com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (3%) ou para cima (6%).
A previsão dos economistas e instituições financeiras, expressa pelo último Boletim Focus, era que a inflação teria fechado o ano em 3,69%.
A inflação de 2018 superou a do ano anterior, que foi de 2,95% – a menor em 20 anos e a primeira vez na história em que ficou abaixo do piso.
Os economistas esperam que com a aceleração da economia, a inflação também suba em 2019 e fique em 4,01%, segundo o Focus.
No entanto, mesmo essa alta deixaria a inflação ainda dentro da meta – que é de 4,25% para o ano que vem – e em patamar reduzido em relação ao padrão histórico brasileiro. Em 2016 a taxa foi de 6,28% e em 2015 ela superou os dois dígitos.
Grupos
A mudança de direção no grupo Alimentação e Bebidas, que é de longe aquele com maior peso no consumo das famílias, foi a grande responsável pela inflação ter acelerado no ano passado.
Em 2017, o grupo havia registrado queda de 1,87% nos preços puxado pelo choque de oferta de uma safra recorde da agropecuária nacional.
Já em 2018, houve alta de 4,04% e peso de 0,99 ponto percentual na taxa final devido ao impacto de queda na safra e os efeitos da greve dos caminhoneiros .
No entanto, houve altas anuais ainda maiores em grupos como Habitação, que subiu 4,72%. Um fator de peso foram as contas de energia elétrica, que subiram 8,70% no ano passado.
A alta foi menor do que os 10,35% de 2017, mas ainda assim suficiente para contribuir com 0,31 ponto percentual na nossa taxa de inflação anual.

Fonte: Exame.com