Recenseadores paralisaram as atividades nesta quinta-feira (1º), em João Pessoa. Os profissionais se reuniram em frente à sede do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fica no centro histórico da capital paraibana. O movimento, que é nacional, reivindica melhorias nas condições de trabalho e liberação de salários atrasados.
Conforme a recenseadora paraibana Natália Machado, existem alguns profissionais que estão a mais de 15 dias sem receber o dinheiro de um trabalho que já foi realizado. Para além da questão financeira, Natália explicou que os recenseadores ainda sentem uma “complicação com a população”, levando em consideração que a etapa de trabalho deles foi “mal divulgada”.
“A gente sente essa complicação em relação a população querer atender o recenseador. [Além disso] a gente não tem EPI [Equipamento de Proteção Individual] para trabalhar, a gente não tem ajuda de custo de transporte que foi prometido pra gente”, lamentou.
Algumas outras reclamações dos recenseadores são: o atraso de três semanas do pagamento do treinamento, a não informação prévia das taxas e valores dos setores, a não liberação do pagamento mesmo com a maior parte de um setor concluído, o não recebimento de ajuda para alimentação e a necessidade de voltar mais de quatro vezes na mesma casa em casos de ausência.
Sobre essas reclamações, o IBGE da Paraíba informou para os profissionais que estão reunidos na frente da sede, em João Pessoa, que o superintendente do instituto no Estado vai receber três recenseadores como representantes para um diálogo, nesta sexta-feira (2).
Em nota, o IBGE informou que só irá se manifestar sobre o assunto “no fim do dia” desta quinta.
De acordo com a pauta nacional dos recenseadores, a paralisação das atividades deve terminar no fim da tarde desta quinta-feira.
Fonte: Jornal da Paraíba
Foto: Arquivo pessoal/Natália Machado