Recebeu alta médica nesta sexta-feira (12) o segundo paciente de malária registrado este ano na Paraíba. O homem de 53 anos estava em tratamento no Hospital Universitário Lauro Wanderley desde sexta-feira passada (5).
De acordo com a assessoria do hospital, o tratamento já foi concluído. O homem é morador da cidade de Tavares, Sertão da Paraíba, mas trabalha no Conde. A vítima não possui histórico de transfusão sanguínea, tendo adquirido a doença dentro da Paraíba.
A Paraíba tem três casos já confirmados de malária em 2019, sendo que todos moram ou trabalham na cidade do Conde. A primeira paciente diagnosticada com a doença recebeu alta na terça-feira (9), enquanto que a terceira segue em tratamento no Hospital Universitário.
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, de 1994 a 2018 foram notificados 175 casos suspeitos de malária. Destes, 70 são de pacientes residentes na Paraíba e todos foram registrados como casos importados, ou seja, pessoas que se deslocaram para regiões endêmicas, foram infectadas e retornaram para o estado de residência. Nenhuma morte foi registrada.
A Secretaria do Estado e a Secretaria Municipal do Conde investigam possíveis casos. Uma comissão especial foi formada com trabalhadores da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica da cidade para elaborar um relatório sobre o assunto, no prazo de 60 dias desde a data da descoberta da primeira paciente.
As secretarias chamam a atenção para os seguintes casos suspeitos:
- toda pessoa residente ou que tenha se deslocado para área endêmica para malária, no período de 8 a 30 dias anterior à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre alta e intermitente (periódica entre 42 a 72 horas) acompanhada ou não de cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço ou mialgia;
- diante da suspeita, avaliar a clínica e solicitar teste rápido para malária e/ou gota espessa (lâmina);
- importante também investigar outras arboviroses como dengue, zika e chikungunya;
Malária
A malária não é uma doença comum no estado, mas ela é transmitida pela fêmea do mosquito Anopheles, que pode ser encontrado na Paraíba nas espécies An.aquasalis; An. albitarsis; An.bellator e An. Argyritarsis.
É necessário que o mosquito esteja infectado pelo protozoário Plasmodium nas espécies P. vivax, P. falciparum e P. malariae, que age na corrente sanguínea para causar a doença.
Além da transmissão por mosquito, a doença pode ser difundida por contato de uma corrente sanguínea com o sangue contaminado.
Fonte: G1 PB
Foto: Rizemberg Felipe/Jornal da Paraíba