
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) criou um Observatório do Feminicídio da Paraíba, que vai desenvolver ações e atividades para tentar combater e evitar novos casos. A resolução do Consuni que institui a entidade foi publicada no Diário Oficial do Estado de sábado (19). O observatório recebeu nome da professora Bríggida Rosely de Azevedo Lourenço, que foi morta pelo fotógrafo Gilberto Stuckert em junho de 2012, em João Pessoa.
Conforme a resolução, o Observatório será coordenado por docente pesquisador do quadro efetivo, designado pelo reitor, escolhido entre aqueles que tenham atuação de pesquisa ou extensão na área objeto de estudos do Observatório.
“O Observatório deve se constituir num espaço de reflexão e de ações e/ou atividades acadêmicas, de caráter interdisciplinar, congregando docentes pesquisadores/as, técnicos/as administrativos/as e discentes que tenham interesse ou envolvimento com os objetivos e desafios do Observatório”, diz o texto da resolução do Consuni que cria a entidade.
Além dos integrantes da comunidade acadêmica da UEPB, poderão participar do Observatório pessoas vinculadas aos diversos órgãos, instituições e entidades comprometidos com a temática de enfrentamento do feminicídio.
Ainda segundo a resolução, caberá à UEPB induzir projetos relacionados com o enfrentamento do Feminicídio, por meio dos programas institucionais existentes ou de outros, eventualmente criados para fomentar as atividades e as ações objeto do presente Observatório.
Professora Bríggida Rosely foi morta em 2012
A professora Bríggida Rosely de Azevedo Lourenço, de 28 anos, era docente do Curso de Arquivologia, do campus da UEPB em João Pessoa. Ela foi assassinada em junho de 2012. O ex-companheiro dela, acusado do crime, o fotógrafo Gilberto Stuckert, foi condenado a 17 anos e 6 meses de prisão em regime fechado.
O crime aconteceu no apartamento da vítima, no bairro Jardim Cidade Universitária, na Zona Sul de João Pessoa. O acusado, que já estava preso à espera do julgamento no Centro de Ensino da Polícia Militar, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por crime de homicídio qualificado.
Fonte: G1 PB